Um monólogo sob chuvisco

e a constante incerteza que sempre vem sobre o primeiro passo, o passo que se dá sobre um buraco escuro dentro do qual não podemos ver, cujo fundo não é visível.

Não consigo evitar que pensamentos inseguros voltem e isso acaba castrando minha liberdade de certo modo, posso afirmar com uma certa segurança que ainda demorará um pouco até eu soltar a mão e confiar no tecido enrolado na cintura, mas juro que ainda soltarei.

Outra coisa que limita confissões de pensamento e pontos de vista são aqueles (poucos) que lêem o que aqui digo, pois dar indiretas só faz sentido quando alguém entende, caso contrário nada difere de escrever em outra língua e fazer-me de tolo. Às vezes penso em criar outro blog apenas para nele colocar pensamentos mais profundos sobre aqueles que me cercam e sobre mim mesmo.

Mas é sempre legal saber que alguém ao menos lerá seus pontos de vista e quem sabe alguém entenda uma entrelinha ou outra(embora ainda não achei alguém que entenda Norwegian Wood do mesmo modo que eu).

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Para quem tem um período de turbulências à frente, admito que estou calmo demais, mas isso deriva da linha de ação que adotei já faz algum tempo(não sei ao certo quando a dei como minha), linha de ação esta mesma que me desvinculou do tempo, acho ótimo o modo como algumas mudanças de pensamento podem mudar completamente sua vida e o modo como você interage com o mundo. Eu agora não vejo os anos, não vejo meses nem estações, vejo dias conectados, um seguido do outro e isso tira o peso de meus ombros, o peso que muitos mantêm sobre si próprios e muitas vezes afeta seu julgamento e altera a balança na hora de pesar suas prioridades.

Sou feliz sendo o que sou, mesmo cheio de mudanças pelas quais eu gostaria de passar.