sábado, 23 de outubro de 2010

Mentes fechadas

Não quero necessariamente mudar o modo como as pessoas pensam, nem embutir ideias nelas para que sejam adeptos das mesmas ideias que eu, não quero que elas parem de acreditar no que acreditam nem que mudem completamente seus modos de agir.

Quero apenas que elas consigam admitir que o modo de elas verem o mundo, a realidade a sua volta não é o único nem necessariamente o correto, e que, na verdade, o modo como vemos essas coisas é apenas um reflexo do que vimos até hoje e que foi com isso que criamos nosso próprio modo de entender e interpretar o que nos rodeia.
Me revolta a resposta "não dá certo porque é impossível" quando é dita subentendendo-se a sequência "pois nunca aconteceu antes, então nunca acontecerá".
Li não me lembro onde sobre a história dos cisnes negros da Austrália, não vou repeti-la aqui pois há muita chance dela se deturpar por ficar mal redigida(procurem se estiverem interessados, recomendo), mas ela ilustra muito bem essa ideia do impossível até agora, que na verdade só não ocorreu ainda.
Acho importante não ser preconceituoso a respeito de novas ideias e conceitos que nos são apresentados, mesmo que eles fodam completamente com o jeito de interagirmos com o mundo ao nosso redor. Mesmo que não cheguemos a mudar nossa atitude após ouvir novas teses, é de suma importância conseguirmos pensar na possibilidade de que o jeito de interpretar usado agora possa não ser o jeito mais correto de interpretar algo. É uma ótima qualidade a habilidade de se adaptar a mudanças e evitar preconceitos e resistir desnecessariamente, pois muitas vezes resistimos somente devido ao fato de que aceitar essa mudança significaria mudar nossos atos para com a vida e os seres que nos cercam(somos preguiçosos e ociosos que se recusam a admitir que o somos)

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